LEVANTE-SE E ACREDITE: VOCÊ JÁ ALCANÇOU MUITO NESSE PROCESSO.

“ÀS VEZES A TRISTEZA ME DÁ A MÃO E EU DEIXO ELA ME LEVAR. NÃO QUE ELA SEJA MINHA MELHOR AMIGA, É QUE ELA TEM MUITA COISA PRA ME ENSINAR.”

Você já se percebeu intimada, e não apenas convidada, a passear de mãos dadas com a tristeza?

Pode ter sido pela tristeza que já vinha se arrastando por algum tempo ou, quem sabe, por aquela que apareceu de repente, por meio de uma notícia ruim e te pegou de surpresa. Nessas horas, sentimos que nos falta o chão. No primeiro instante, procuramos negar os fatos, para dar tempo de nos anestesiarmos com a esperança . No momento seguinte, desabamos e sucumbimos aos “por quês” (por que isso aconteceu? Por que logo comigo?). À luz da lógica humana, o sofrimento nada acrescenta e por isso deve ser evitado a todo custo. Podemos fazer uma comparação com o fato de que os desertos não são locais comumente procurados por turistas ao programarem as suas viagens. Jesus foi levado pelo Espírito Santo ao deserto e com Ele aprendemos que não devemos recusar nem negar os desafios que assolam a nossa vida, mas aprender a atravessá-los. É no deserto que ouvimos a voz de Deus de forma audível, sem a interferência dos ruídos externos. Mas não basta ouvir, é preciso também escutar (guardar, reter). O fato é que os nossos conflitos existenciais nos aproximam de Deus. Como diz Dom Alexandre Ximenes, o deserto filtra e peneira as coisas supérfluas, para que só fique o que for essencial. O sofrimento nos ensina a priorizar o que é importante. Se você está atravessando um deserto, alegre-se por já ter deixado a “escravidão do Egito”. Ponha a placa “desculpem o transtorno, pois estou em obras.” A tristeza é pontual e não afasta a felicidade, além de ser, por vezes, excelente professora. Qual é o seu deserto atual? O que você tem aprendido durante a travessia? Que lições você pode extrair de outros desertos que já atravessou? Lembre-se de que o fim de quem crê não é deserto, é Terra Prometida.