Flor Astromélia
- Duda Almeida
- 5 de jan. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de jan. de 2020
Servidora Pública, 47 anos, mãe de duas mulheres, separada após casamento de 25 anos, casou muito jovem, grávida, sem festa e sem lua de mel. Satisfeita com a profissão. Muito contida nos gastos.

Desafio: estabelecer um relacionamento saudável, afetuoso e harmonioso com uma das filhas e decidir enfrentar uma cirurgia de grande porte, o quanto antes.
Desejo: vivenciar um amor que cuide dela e que a estabeleça como prioridade.
Insatisfação - permanecer emocionalmente vinculada ao ex-marido. Não conseguir demonstrar afeto com a mãe nem com as filhas.
Algo de que desistiu- falar outro idioma.
Traço da personalidade - quer sempre ter razão.
O quanto esse traço da personalidade da Astromelia tem exigido dela uma postura racional consigo mesma e com aqueles com quem ela convive?
Ao mesmo tempo em que ela deseja ser prioridade para alguém, assume todas as responsabilidades e ocupa todos os espaços para se fazer presente e permanecer no comando.
Quem consegue enxergar as suas vulnerabilidades? Ninguém. São guardadas a 7 (sete) chaves, sob a pecha da extrema resiliência que impôs a si mesma.
Seria o afeto, a doçura e o carinho incompatíveis com a força que a Astromélia precisa desenvolver como estilo de vida?
Como ela se sentiria se começasse a viver como se já tivesse alcançado o que deseja?
Ela se reconheceria?
Estaria a Astromelia disposta a tirar a armadura da proteção e expor a sua vulnerabilidade? Estaria ela disposta a mergulhar, ainda que por um momento, sem reservas, nas suas emoções?
Será que a cirurgia a que ela precisa se submeter é temida por ser a representação fiel da exposição da sua fragilidade?
Para alguém que deseja estar sempre estar no comando, como é se imaginar dependente de alguém, ainda que apenas enquanto durar o pós- operatório?
Astromélia é, realmente, movida pela razão ou a vida a tornou assim?
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