VOCÊ TEM SIDO AFETUOSA COM SEUS FILHOS?
- Duda Almeida
- 14 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

Fui muito amada, mas pouco abraçada pelas mulheres mais velhas da família durante a minha infância e adolescência. Fui tolhida e desestimulada a expressar afeto e até ridicularizada algumas vezes por conta disso.
Elas me ensinaram que o amor deveria ser demonstrado por meio de atitudes de respeito, cuidado, proteção, lealdade, fidelidade, confidencialidade, amizade, e não por beijos e abraços em público. Me disseram que exposições públicas de carinho, além de serem bobagem, eram também desnecessárias. Eu repeti o padrão familiar e, por muito tempo, até perceber o quanto o modelo era disfuncional, essa foi a minha forma de expressar amor: a mediocridade nos afetos.
Ao constatar essa realidade, percebi o quanto era premente a necessidade de mudança.
Hoje, com o conhecimento adquirido, lamento os afetos que não expressei e os beijos e abraços que não dei em meus filhos e nas minhas amigas e busco modificar esse padrão estabelecido por longos anos até no meu casamento.
É uma reprogramação de algo aprendido e vivido desde a infância e que requer vontade e disposição para estabelecer novos hábitos.
Graças a Deus, na minha vida, os frutos desse novo comportamento já são perceptíveis, embora ainda em evolução.
E você, já passou ou conhece alguém que tenha passado por isso?
Por meio de uma nova forma de pensar, de sentir e de comunicar o amor, novas conexões neurais são estabelecidas e esses outros padrões desenvolvidos chegam a interferir até na forma de vestir e nos demais cuidados com a aparência, por exemplo.
É que a produção de oxitocina, por meio do afeto, faz aflorar a nossa sensibilidade e promove, inclusive, o resgate da feminilidade. Isso aconteceu comigo.
Sei o quanto estou mais serena, mais delicada, mais cuidadosa com a aparência e com a autoestima mais elevada, além de mais feminina e mais feliz.
Você é medíocre ou valorosa nos seus afetos? Nos seus relacionamentos, você oferece o possível ou o seu melhor?
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